segunda-feira, 15 de março de 2010

CAPITULO 1 - 1

O meu voo estava se aproximando, peguei as minhas malas e me dirigi para o portão de embarque. Os meus pais estavam ocupados demais para vir me deixar ao aeroporto mas isso não me importava mais a alguns instantes estaria com os meus avós que sempre me deram muita atenção. Por um lado passar quarenta e seis dias em um lugar que não conheço, afastado de toda as regalias de uma cidade grande deveria me assustar, mas estava tranquilo, até demais. Dormi a maior parte da viagem e a outra eu li um livro que havia ganhado de presente de uma amiga, quando em fim anunciaram o pouso me animei na mesma hora eu estava esperando que essas ferias realmente valessem a pena. O meu avô me esperava em frente ao aeroporto encostado a um de seus carros, seu sorriso demonstrava que ele estava feliz em me ver isso era estranho para mim, não lembro do meu pai se mostrar feliz perto de mim a muito tempo, por isso sempre gostei bem mais do meu avô.
- Como vai meu neto querido? - Ele sorrio ao me ver por fim parar a sua frente.
- Vou muito bem, e o senhor? - Perguntei olhando em volta estranhando a ausência da minha avó.
- Ela ficou em casa, insistiu em fazer algo para você comer - Fiquei um pouco perdido com o que ele acabará de dizer e demonstrei com uma expressão confusa.
- Sua avó, creio que tenha sentido a falta dela aqui. - Ele falou e eu sorri, sempre fui fã do meu avô era inacreditável como ele sempre conseguia ler meus pensamentos.
- Oh, claro. Então vamos? - Perguntei e ele assentiu. Um de seus empregados colocou minhas coisas na mala e eu entrei no carro. Pela janela eu observava um pouco daquele lugar, era uma cidade de interior, pequena porem muito bonita cheia de árvores e casas que pareciam ser antigas.
O carro parou e rapidamente analisei a mansão que via, era mais bonita que em fotos com certeza adimirável.
- Então, o que achou? - Meu avô perguntou interrompendo meus pensamentos
- Maravilhosa, creio que ainda não vi nada. - Respondi me referindo ao interior da casa.
- Adoraria te mostrar, venha comigo. - Ele sorrio e desceu do carro, apenas copiei seus movimentos. Caminhamos pelo jardim e um dos mordomos abrio a porta da mansão para nos dois, tudo era perfeito, acho que consigo entender o porque de haverem se mudado para cá.
- Peter querido - Minha avó gritou da escada e eu fui até ela para abraça-la, não lembro a ultima vez que a vi estava com muita saudade deles. A recepção foi muito boa e calorosa, já eram umas quatros horas quando terminei de conhecer a casa e o quarto que ficaria, claro. Decidi então da uma volta pela cidade com uma bicicleta emprestada pelo meu avô.
Tudo era incrivel, eu que sempre fui apaixonado por antiguidades parecia estár em outra época. As casas, a praça, tudo era diferente do que estava acostumado. Dei algumas voltas pela cidade e em uma rua mais afastada avistei uma casa, parecia que havia sido abandonada mas mesmo assim não perdia seu ar de luxuosa. O jardim mal cuidado e o portão enferrujado assustavam um pouco mas a beleza da casa em sí chamava atenção.
Não lembro quanto tempo fiquei adimirando aquela casa, o céu já havia escurecido e então resolvi voltar. Demorou um tempo até que cheguei a casa de meus avós, não lembrava de ter ido tão longe só notei pelo tempo que levei até chegar novamente a minha rua. Meus avós me esperavam para o jantar e não reclamaram por ter demorado. A mesa do jantar tinha de tudo que um ser humano gosta de comer, me acomodei e continuei em silêncio até meu avô puxar um assunto qualquer.
- Gostou da cidade? - Ele pareceu realmente intereçado com minhas opinião sobre o lugar.

- Sim, é diferente, bonita. - Respondi.
- O que mais gostou querido? - Minha avó que decidiu perguntar dessa vez.
- Há uma casa que me chamou atenção, me parece abandonada mas mesmo assim é elegante. - Respondi.
- Creio que esteja falando da casa dos burton's - Meu avô comentou.
- A uma familia morando lá? - Me assustei com o que ele acabará de dizer.
- Sim, a familia burton mora aqui há muitos anos os filhos do casal praticamente cresceram aqui. - Ele falava como se estivesse os imaginando.
- Filhos? de que idade? - Minha curiosidade só aumentava.
- Eles tem três, um menino e duas meninas. Creio que o Ryan tenha seus 17 anos, a Daffine tem seus 15 e a Meredite pouco mais de sete. - Respondeu.
- Uma garota, é gostosa ela? - Já podia imaginar uma pegação nessas ferias. Meus avós gargalharão com a minha pergunta.
- Creio que "gostosa" não seja o termo. Bom a Daffine é diferente de outras meninas de sua idade, na verdade toda a familia é. São muito reservados, creio que ninguém da cidade teve a chance de entrar na casa e eles não parecem ser de conversar.
- É, pela casa deu para perceber. - Comentei. O assunto sobre os Burton's terminou ali, eu gostaria de saber mais sobre eles mas o vovô garantiu que nada mais sabia sobre a familia.

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